Por que viralizar deveria ser o foco?
- Daniel Assis
- 2 de jun.
- 3 min de leitura
Atualizado: 7 de jun.
Por Que o Foco de Toda Empresa Deveria Ser Viralizar nas Redes Sociais
1. Introdução: O Novo Campo de Batalha é a Atenção
Em um mundo saturado de estímulos, onde o tempo médio de atenção online caiu para menos de 8 segundos (Microsoft Research, 2015), viralizar deixou de ser um luxo e passou a ser uma necessidade. Não se trata de alcançar “likes”, mas de maximizar exposição com o menor custo, ampliar autoridade de marca, e gerar desejo em escala exponencial.
2. O Que Significa “Viralizar”?
Viralizar é quando um conteúdo se propaga de forma orgânica, exponencial e acelerada por meio de compartilhamentos, salvamentos, comentários e replicações — sem necessidade proporcional de investimento em mídia paga. É quando a audiência faz a distribuição por você.
Segundo Jonah Berger, autor do livro Contagious: Why Things Catch On, conteúdos virais compartilham seis princípios: Moeda Social, Gatilhos, Emoção, Público, Valor Prático e Histórias. Esses são os ingredientes estruturais do viral.
3. Justificativas Estratégicas: Por Que Toda Empresa Deveria Focar em Viralizar
3.1. Redução de Custo de Aquisição de Clientes (CAC)
Empresas como a Glossier, Gymshark e Hotmart cresceram com conteúdo viral e comunidade — sem campanhas milionárias. Quando o conteúdo viraliza, o CAC despenca, pois o tráfego vem gratuito e qualificado.
3.2. Construção de Autoridade Rápida
Marcas que viralizam passam a sensação de serem líderes do setor, mesmo sendo iniciantes. A autoridade percebida se amplifica. Isso está alinhado com o conceito de “status de mercado” discutido por Seth Godin em This is Marketing.
3.3. Viralização como Combustível do Funil
Conteúdo viral serve tanto no topo (atração), quanto no meio (engajamento) e até no fundo (conversão). Exemplo: vídeos de bastidores + prova social de clientes + gatilhos emocionais = vendas.
3.4. Ganhos de Longo Prazo em SEO, Reputação e Marca
Além do impacto imediato, viralizar melhora o ranqueamento da marca no Google, eleva sua presença nas buscas sociais (como TikTok Search ou Instagram Explore) e amplia o alcance da reputação boca a boca.
4. Exemplos de Marcas que Viralizaram (E o Que Podemos Aprender)
Duolingo: viralizou no TikTok com um mascote sarcástico que interage com trends. Resultado? Aumento de 50% nos downloads semanais.
Netflix Brasil: memes, bastidores e humor ácido no X e Instagram fazem parte da estratégia. Humanizaram a marca e aumentaram o tempo de permanência na plataforma.
Magazine Luiza (“Lu do Magalu”): criou um avatar que viralizou com dicas, memes e participação em trends — uma ponte entre tecnologia e humanidade.
5. Citações Relevantes
“As pessoas não compartilham produtos. Elas compartilham histórias sobre si mesmas.” – Jonah Berger, em Contagious.
“Não basta ser bom, é preciso ser visto como bom — e com frequência.” – Robert Cialdini, em Pre-Suasion.
“A nova moeda do marketing é a atenção. E ela é volátil.” – Seth Godin, em Permission Marketing.
6. O Papel do Marketing na Era da Viralização
Marketing, hoje, é engenharia de atenção e emoção. A métrica central deixou de ser alcance pago e passou a ser capacidade de gerar conteúdo compartilhável, salvável, discutível e replicável. Isso exige que equipes de marketing:
Pensem em formatos nativos de cada rede.
Estudem comportamento humano.
Criem narrativas com estrutura de virais.
Conectem branding com desejo social (pertencer, impactar, ensinar, rir, se emocionar).
7. O Que Isso Pode Trazer Para a Empresa
Benefício | Impacto Direto |
Redução de custos | Menos gasto com mídia paga por lead ou cliente |
Maior autoridade | Posicionamento como referência no setor |
Top of mind | Consumidores lembram da marca antes das concorrentes |
Aumento da base de seguidores | Ampliação orgânica da comunidade |
Mais vendas | Conversões por prova social e desejo coletivo |
Valorização de marca | Percepção de modernidade, inovação e conexão cultural |
8. Conclusão: Negar o Poder do Viral é Pagar Mais por Menos
Toda empresa que ignora o potencial de viralização compete desarmada em um campo de guerra digital. Viralizar não é sorte, é método. Não é futilidade, é estratégia. É o caminho mais eficiente de escalar marca, autoridade, comunidade e vendas — com inteligência e emoção.
Referências:
Berger, J. (2013). Contagious: Why Things Catch On. Simon & Schuster.
Godin, S. (2018). This Is Marketing. Portfolio.
Cialdini, R. (2016). Pre-Suasion. Simon & Schuster.
Vaynerchuk, G. (2013). Jab, Jab, Jab, Right Hook. Harper Business.
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